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Bolsonaro do Brasil questionado sobre presentes de joias e relógios da Arábia Saudita durante o mandato

Aug 02, 2023

RIO DE JANEIRO – A Polícia Federal brasileira questionou o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro na quinta-feira sobre a tentativa de roubar jóias com diamantes supostamente avaliadas em US$ 3 milhões e a venda de dois relógios de luxo que ele recebeu como presentes da Arábia Saudita enquanto estava no cargo, disseram autoridades federais.

Bolsonaro chegou na manhã de quinta-feira à Polícia Federal em Brasília, capital do Brasil, confirmou um porta-voz da Polícia Federal aos jornalistas que esperavam do lado de fora das instalações, incluindo um da Associated Press.

Outro policial federal, que falou sob condição de anonimato por não estar autorizado a falar oficialmente sobre a investigação em andamento, confirmou à AP que ele e outras sete pessoas também foram convocados para responder perguntas sobre as joias.

Além de Bolsonaro, a polícia também interrogou sua esposa Michelle, dois advogados, o ex-assessor tenente-coronel Mauro Cid, o pai de Cid, Osmar Crivelatti e Marcelo Câmara, disse o policial. As sessões simultâneas teriam sido planejadas para evitar que os indivíduos trocassem informações na linha de interrogatório.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo e outros meios de comunicação locais, Bolsonaro e sua esposa Michelle optaram por permanecer em silêncio. Os meios de comunicação citaram os advogados do casal, que não responderam a diversos pedidos de comentários da AP.

As audiências representam outro golpe potencial para o líder da extrema direita, que também é alvo de várias outras investigações.

No início deste mês, a polícia federal invadiu as casas e escritórios de várias pessoas supostamente envolvidas no caso das joias e alegou que Bolsonaro recebeu quase US$ 70 mil pela venda de dois relógios de luxo doados pela Arábia Saudita.

Bolsonaro negou qualquer irregularidade.

A investigação sobre as joias não declaradas é apenas uma das muitas dores de cabeça jurídicas que Bolsonaro enfrenta.

No início deste ano, foi considerado inelegível para concorrer ao cargo até 2030, depois de um painel de juízes ter concluído que ele abusou do seu poder e lançou dúvidas infundadas sobre o sistema de votação eletrónica do país.

Outra investigação gira em torno da prisão de Cid em maio por supostamente falsificar cartões de vacina COVID-19 para sua própria família e para a família de Bolsonaro durante a pandemia.

Uma comissão parlamentar de inquérito também está a investigar se Bolsonaro incitou os motins de 8 de janeiro, nos quais os seus apoiantes saquearam o Supremo Tribunal, o palácio presidencial e o Congresso, uma semana depois de o esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva ter tomado posse como presidente.